O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DO PREMATURO

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DO PREMATURO

O prematuro, especialmente o de extremo baixo peso (peso ao nascimento inferior a 1000 gramas), apresenta um maior risco de alteração do crescimento e desenvolvimento. São crianças habitualmente pequenas, mas que vão tentar recuperar o seu crescimento durante a infância e adolescência.

Em relação ao crescimento, este é mais acelerado entre as 36 e as 40 semanas de idade pós-concepcional. Depois desta fase, verifica-se um crescimento de recuperação (catch-up growth), durante os primeiros 2 a 3 anos de vida, ocorrendo primeiro para o perímetro cefálico e depois para a estatura e peso.
No fim deste período, os valores antropométricos encontram-se, habitualmente, dentro dos limites da normalidade das curvas de referência. O prematuro pode permanecer uma criança pequena até à adolescência.

Depois da adolescência e até se tornar adulto, pode atingir uma estatura normal, sendo o potencial genético de grande importância na altura final. As crianças afectadas de atraso de crescimento intra-uterino, displasia broncopulmonar, ou que apresentam um estado de nutrição inadequado na alta da UTIN, vão apresentar um crescimento comprometido nos primeiros anos de vida, com repercussão na altura final.
O neurodesenvolvimento está mais relacionado com a idade gestacional do que com o peso ao nascimento e é influenciado por factores ambientais. Alguns problemas surgem precocemente, enquanto outros só se tornam evidentes ao fim de vários meses ou anos.

As sequelas neurosensoriais e neuromotoras, representadas pela paralisia cerebral, deficiências auditiva e visual, afectam sobretudo as crianças mais imaturas, que nascem com menos de 26 semanas de idade gestacional.
O atraso no desenvolvimento cognitivo é a perturbação mais comum nos primeiros anos de vida.
Na idade escolar predominam os problemas comportamentais e de aprendizagem.

A partir da adolescência, as perturbações do neurodesenvolvimento tendem a atenuar-se, permitindo uma boa integração social na vida adulta. O meio sócio-económico, cultural e familiar tem grande influência no crescimento e desenvolvimento do ex-prematuro.

O prematuro pode levar uma vida normal, mas necessita de ter um programa de seguimento multidisciplinar para rastreio e intervenção precoce, bem como para apoiar e orientar as famílias de forma a maximizar o crescimento e o desenvolvimento até à vida adulta

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